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Intervista del 18 febbraio 2014 sul Blog 

FERNANDO RAZZO GALUPPO 

Esportes. Italianidade. Sonhos. Memórias. Paixões

 

Artes, Esportes, Italianidade

Escritor italiano lança livro em homenagem ao Palmeiras

O escritor italiano, Vincenzo Fratta, fez uma belíssima obra que retrata a história do Palestra Itália, de 1914 a 1942, que será lançada em maio, na Itália, em homenagem ao centenário do clube alviverde.

Com o titulo provisório «Vincere in Brasile con il Tricolore. La Palestra Itália di San Paolo 1914-1942», a obra é a primeira do gênero a retratar um clube brasileiro em língua italiana e ser editada em solo europeu. Confira a entrevista exclusiva de Vincenzo Fratta ao blog:

 Conte um pouco sobre você. Quem é o Vincenzo Fratta? Faça uma breve apresentação?
Vincenzo Fratta:
Fui muitos anos vereador e prefeito de um dos dezenove Municípios (subprefeituras) da cidade de Roma, na Itália. Sempre me interessei por história e cultura, colaborando com vários jornais e revistas. Depois de uma viagem ao Brasil em 2006 decidi aprender o português e logo depois comecei a ler livros nesse idioma e estudar a história do Brasil, com atenção às relações com a Itália. Aqui são muitas as pessoas que gostam da música brasileira e que admiram os seus craques de futebol, mas muito poucos aqueles que conhecem a história desse país e as grandes ligações que esse possui com a Itália.

Fale da sua paixão pelo Palestra Itália-Palmeiras?
VF:
Em 2011 publiquei um ensaio sobre o Brasil na década de 30. Estudando para esse trabalho o papel dos imigrantes italianos naquela época, descobri o Palestra Itália, com a sua importância pelo desenvolvimento do futebol brasileiro e também pelo crescimento da comunidade italiana em São Paulo. Com surpresa ia aprendendo as dificuldades que essa teve nos anos 1938-1945 pela escolha do presidente Vargas de participar na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Estados Unidos. Com admiração, li às páginas gloriosas que levaram em 1942 ao nascimento do Palmeiras.

Como surgiu a ideia de fazer uma obra em italiano sobre o Palestra?
VF:
Na Itália todos os apaixonados por futebol conhecem o Palmeiras e os outros principais times do futebol brasileiro, mas quase ninguém sabe da sua origem entre a comunidade italiana nem do papel desenrolado na primeira fase do futebol, nem quanto o Palestra Itália contribui para a profissionalização desse esporte e para o nascimento das torcidas. Ninguém conhece os nomes dos grandes craques da primeira geração do Palestra Itália, como Heitor e Bianco, das artífices das vitorias dos anos Trinta, como Romeu Pelliciari e Imparato, ou a história do goleiro Oberdan Cattani e dos outros dez heróis da Arrancada Heróica de 1942. O ano do centenário da Sociedade Esportiva Palmeiras e da Copa do Mundo no Brasil me pareceu o melhor momento para contar esta gloriosa epopeia ao publico italiano. O livro, com o titulo provisório «Vincere in Brasile con il Tricolore. La Palestra Itália di San Paolo 1914-1942» está na editora e vai ser lançado no mês de maio. Preciso sublinhar que pela minha tarefa foram de grande ajuda os valiosos trabalhos que o Fernando Galuppo fez sobre o Palestra-Palmeiras.

Fale sobre literatura esportiva na Itália. Há muita variedade de obras a respeito do tema?
VF:
Como no Brasil também no meu país o futebol é um esporte muito amado e muito seguido. Assim tem muito espaço nos meios de comunicações. Além dos programas televisivos, radiofônicos e vários jornais esportivos, existem muitas editoras especializadas em livros esportivos, a maioria dos quais é dedicada ao futebol.

No ano centenário do Palestra Itália, qual é a sua expectativa?
VF:
Ainda mais que uma expectativa eu tenho um sonho… Que assim como em 1920,  quando o Palestra ganhou o seu primeiro título no Parque Antártica recém-adquirido, o Palmeiras consiga ganhar o Brasileirão na sua nova Arena!

Na Copa do Mundo, qual é o seu prognóstico? Itália e Brasil são favoritos?
VF:
Fazer prognósticos é sempre muito arriscado. Mas é claro que o Brasil pela força do seu time e pela circunstancia de jogar em casa é o maior favorito. Além da Seleção Brasileira eu indicaria Espanha, Alemanha e também Itália. Apesar de não serem reputados entre os favoritos, os Azzurri são uma boa equipe e a experiência nos ensina que se a Itália parte com o pé-direito pode chegar muito longe.